Metaverso: o que já é realidade e o que ainda é só promessa
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Metaverso: o que já é realidade e o que ainda é só promessa
Há alguns anos, o termo metaverso virou uma das palavras mais comentadas do mundo digital. Gigantes da tecnologia começaram a investir bilhões nesse novo universo virtual e, por um tempo, parecia que em pouco tempo todos nós viveríamos com um óculos de realidade virtual no rosto. Mas o tempo passou e a empolgação deu lugar a uma pergunta mais realista: o que de fato já existe no metaverso — e o que ainda é só conversa?
O que é, afinal, o metaverso?
O metaverso pode ser entendido como uma extensão da internet em formato tridimensional, onde as pessoas interagem por meio de avatares, participam de eventos, estudam, trabalham ou até fazem compras. É um ambiente digital imersivo que mistura realidade virtual, realidade aumentada e recursos de inteligência artificial, tentando aproximar o virtual do mundo físico.
Empresas como Meta (Facebook), Microsoft, Roblox e Epic Games apostam que essa será a próxima grande transformação da internet — uma espécie de “nova fase” da vida online.
O que já está acontecendo de verdade
Apesar do excesso de hype, o metaverso já tem aplicações reais e bastante interessantes:
- Entretenimento e jogos
Plataformas como Fortnite e Roblox se tornaram verdadeiros laboratórios do metaverso. Milhões de pessoas assistiram a shows virtuais de artistas como Travis Scott e Ariana Grande dentro desses ambientes digitais. - Educação e treinamento
Universidades e empresas têm usado realidade virtual para treinar equipes e simular situações reais — de cirurgias a treinamentos industriais. - Moda digital e NFTs
Marcas como Nike, Gucci e Balenciaga já vendem roupas virtuais para avatares. É um mercado pequeno, mas que mostra como o conceito de “propriedade digital” está evoluindo. - Reuniões imersivas
Plataformas como Horizon Workrooms (da Meta) e Spatial permitem encontros virtuais em 3D, onde expressões faciais e gestos são reproduzidos em tempo real.
O que ainda é só promessa
Mas a verdade é que o metaverso ainda está longe de ser parte do cotidiano da maioria das pessoas. E há motivos claros para isso:
- Equipamentos caros e incômodos: os óculos de VR ainda não são acessíveis nem confortáveis para uso diário.
- Falta de conexão entre plataformas: cada empresa criou o seu “mundo” fechado, e os avatares não circulam entre eles.
- Problemas de privacidade e segurança: quanto mais imersiva a experiência, mais dados são coletados.
- Baixa adesão do público: para a maioria das pessoas, abrir o Instagram ainda é mais prático do que entrar num mundo virtual em 3D.
O metaverso está mudando de forma
Em 2025, o conceito de metaverso parece estar ganhando um novo significado. Em vez de imaginar um mundo totalmente virtual, as empresas estão apostando no que alguns chamam de “metaverso híbrido” — experiências que unem o real e o digital de forma mais natural.
Isso inclui óculos inteligentes, eventos com projeções holográficas, compras com realidade aumentada e até reuniões com avatares realistas. Aos poucos, o metaverso deixa de ser um destino e passa a ser uma camada a mais da nossa vida conectada.
O metaverso ainda não é o “novo mundo” que prometeram, mas também não desapareceu. Ele está amadurecendo em silêncio, se misturando às tecnologias que já usamos todos os dias. Talvez o verdadeiro metaverso não seja um lugar, e sim uma nova forma de conexão — um espaço onde o digital e o físico se encontram sem que a gente perceba. No fim das contas, o que realmente importa é usar a tecnologia para viver melhor o mundo real, e não para escapar dele.
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